The Elder Scolls IV: Oblivion Remastered entrega uma experiência de jogo que faz você se sentir jogando o game de 2006, mas com algumas novidades
Apesar dos rumores, a Bethesda esperou que o projeto estivesse quase concluído quando revelou o The Elder Scolls IV: Oblivion Remastered (site oficial). Uma remasterização total do quarto jogo da franquia, onde encarnamos o Campeão de Cyrondill numa missão para impedir o maligno deadra, Mehunes Dagon, de invadir a capital do reino de Tamiel e destruir tudo com seu exército. Sua missão, encontrar o filho bastardo do último imperador e levá-lo ao trono.
Revolucionário para sua época, com um sistema inédito que dá aos NPC’s uma agenda diária de coisas para fazer e gente com quem falar, The Elder Scrolls IV: Oblivion é um considerado por muitos fãs da saga como o melhor game, superando até mesmo seu sucessor, Skyrim, por sua história rica e cenários que nos levam ao principal reino do mundo. A capital do reino, missões das Guildas dos Ladrões e da Dark Brotherhood extremamente elaboradas e mais, são grandes destaques do game.
Lembro em 2011, quando The Elder Scrolls V: Skyrim lançou pela primeira vez. Eu vi o canal do Jovem Nerd jogando o game e fiquei com muita vontade de jogar. Skyrim não foi só o primeiro jogo da série The Elder Scrolls que joguei, mas também foi o meu primeiro jogo da Steam.
Eu cheguei a pedir um adiantamento de R$100 para meu patrão para comprar o game. Corri em várias lojas procurando a versão física do jogo pois, na época, tinha medo da história de que o jogo “não é meu” (algo que aconteceu anos mais tarde), me ofereceram Dragon Age 2 (lançado no mesmo ano).
Não encontrei a versão física para PC e tive que me render ao Steam, mas no fim, assim como todos, acabei me rendendo as lojas virtuais e todos meus games estão lá. Contudo, a gente está aqui mais para falar do Remaster de Oblivion do que de Skyrim, não é? Quer saber se vale a pena investir nesse remake? Vamos falar e, se você ficar com dúvidas, deixe um comentário.
Oblivion Remastered
O fim da Terceira Era
O game começa com a narração do imperador de Cyrondill, Uriel Septim VII (que tem a voz incrível do ator Patrick Sweart), falando sobre sua vida e seus sonhos com os portoões de Oblivion e uma certeza: ele morrerá em breve. A música incrível, o tema de The Elder Scrolls, soa mais heroico do que a versão que conhecemos de Skyrim, cresce e vemos a Torre de Ouro Branco e a cidade de Cyrondill em toda sua glória novamente, em uma versão mais bonita e detalhada, até que a câmera sobrevoa a prisão e entra por uma minúscula janela em nossa cela.
Assim como vários The Elder Scrolls, você começa como um prisioneiro. Escolha sua raça e seus principais atributos e o game começa. Você está dentro da cela, sem nada, sem nenhum item e esperando seja lá oque vai acontecer com você. Seu crime? Nem você nem ninguém sabe. Na cela da frente tem um elfo chato que fic provocando você, insultado e ofendendo. De repente, guardas imperiais cheggam a porta da sua cela e manda você encostar na parede. Juntos deles, o imperador em pessoa.
O imperador olha para você e diz que já te viu em sonhos e ordena que você siga ele e os guardas. Os guardas ordenam que você não tente nenhuma gracinha. No caminho, uns estranhos vestindo roupas pretas atacam os guardas e matam um deles. Você tem a chance de pegar uma arma, mas o caminho está bloqueado. Um pedaço da parede cai e revela uma nova passagem, cheia de ratos, goblins e outras criaturas estranhas.
Você consegue seguir o caminho e reencontrar os guardas e o imperador, que deixa novamente que você os acompanhe. Em um momento, o imperador pede que você pegue o Amuleto dos Reis com você e não deixar que os invasores o peguem antes de ser assassinado. Os guardas reais, os Blades, te perguntam oque aconteceu e você explica as últimas palavras do imperador “Encontrei Jeffrey e entregue o amuleto para ele”. Com o amuleto em mãos, os guardas confiam que você fará o melhor e lhe deixam sair. Você sai pelos esgotos e chega a finalmente a Cyrondill. Sua aventura acaba de começar.
Tudo parece igual
Minha principal sensação enquanto jogo Oblivion Remastered é que o jogo recebeu apenas uma “mão de tinta” e ficou mais bonito, mas, no fundo, ainda é o mesmo jogo lançado em 2006. Tudo parece muito igual, desde os modelos de corpo, armaduras que são bem toscas e parecem desajeitadamente grandes e cheias de chifres e pontas estranhas que não são nada práticas.

Utilizando o Unreal Engine 5, o remaster apresenta gráficos significativamente aprimorados, com iluminação dinâmica, texturas detalhadas e efeitos atmosféricos que revitalizam a província de Cyrodiil. São designs bem toscos, que pareciam legais lá atrás, mas depois de Skyrim, os visuais das armaduras ficaram meio datados. Mas eles estão lá. Renovados, mas ainda toscos.
Os rostos de borracha, tipicos dos jogos 3D da época, também continuam ali, mas com uma roupagem nova e mais bonita. Os rostos não chegam a ser tão bons e “bonitos” como os de Skyrim, mas são bem mais agradáveis do que os de 2006. A movimentação, a proporção corporal ainda é igual. Você tem os mesmos movimentos de ataques e os combates continuam parecendo, como disse uma vez o Sr. Madruga, uma “briga de mulas”. Tudo é nostalgicamente desajeitado, como antes.
“Mas se você quer Oblivion com cara de Skyrim, então, vá jogar o Skyblivon!” Sim, essa é a realidade. Se você quer Oblivion com gráficos modernos, então Skyblivion é para você. Mas, definitivamente, este Oblivion Remastered não é, nunca foi, uma tentativa de fazer um jogo antigo com gráficos modernos. É um tributo. É uma homenagem. Ele não é um remake do jogo e sim um verniz embelezador.
Mas, isso não quer dizer que não houve melhorias.
O que mudou?
Oblivion Remastereded vai além de uma simples atualização gráfica. A nova versão traz mudanças reais e conteúdo inédito que não existia no jogo original de 2006. Uma das principais novidades em Oblivion Remastereded é a regravação de vozes. No original, muitos NPCs compartilhavam falas idênticas com poucas variações. Agora, o remaster inclui dublagens totalmente novas, com mais variedade de vozes e atuações exclusivas, aumentando a imersão e dando mais personalidade aos personagens.

Outra mudança importante em Oblivion Remastereded é o novo sistema de salvamento automático. Diferente da versão clássica, que dependia quase totalmente de saves manuais, o remaster introduz auto-saves inteligentes. O progresso é salvo automaticamente em eventos como entrada de masmorras, conclusão de missões e descanso do personagem. Essa funcionalidade inédita traz mais segurança e conforto ao jogador.
Entre as mudanças adicionadas, também está o sistema de dificuldade customizável por personagem. No jogo original, só era possível ajustar a dificuldade de forma global. Agora, o jogador pode definir níveis de desafio diferentes para estilos específicos, como arqueiros, magos ou guerreiros, oferecendo uma experiência de jogo mais equilibrada e adaptada.
Oblivion Remastereded também traz conquistas e troféus inéditos, integrados às plataformas modernas, com desafios novos que não estavam disponíveis em 2006. Além disso, foram implementadas opções de acessibilidade ausentes no original, como suporte a leitores de tela, melhorias em contraste visual, legendas redesenhadas e personalização de controles.
Melhorias na jogabilidade
A jogabilidade de The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastereded recebeu mudanças inéditas que vão além de simples ajustes técnicos. Uma das principais novidades no gameplay é a adição de um botão dedicado para corrida, um recurso que não existia no jogo original de 2006. Esse novo comando melhora significativamente a mobilidade do personagem, tornando a exploração mais ágil e fluida, especialmente em áreas abertas como florestas e estradas.

Outra mudança marcante em Oblivion Remastereded está nas animações de combate corpo a corpo. O remaster implementa novas animações de ataque e bloqueio, com movimentos inéditos que não faziam parte do jogo base. Isso deixa os confrontos mais responsivos e modernos, além de trazer mais impacto visual para espadas, machados e armas de duas mãos.
A inteligência artificial de inimigos e NPCs também foi parcialmente redesenhada. Embora ainda mantenha algumas rotinas clássicas, o remaster introduz comportamentos inéditos em combates e patrulhas. Inimigos agora usam cobertura com mais frequência, flanqueiam o jogador em grupo e reagem de forma mais dinâmica a magias e ataques furtivos.
Outro elemento novo na jogabilidade de Oblivion Remastereded é o ajuste automático de balanceamento de níveis. O sistema de level scaling agora é mais inteligente, adaptando inimigos de acordo com o tipo de build do jogador. Essa mudança reduz os desequilíbrios comuns da versão original, como enfrentar criaturas absurdamente fortes por causa da progressão mal calibrada.
Veredito sobre The Elder Scolls IV: Oblivion Remastered
No final das contas, Oblivion Remastered é uma boa forma de jogar uma história tão boa e com quests divertidas, sem precisar encarar gráficos datados ou precisar instalar tantos mods que farão um PC um pouco mais fraco travar. Ele oferece a mesma experiência, mas com melhorias muito bem-vindas que deixam o jogo visualmente mais fluído e bonito.

Não há novidades em questão de história ou de conteúdo extra. Tudo oque foi lançado anos atrás para o jogo original está aqui, mas isso não é um problema de forma alguma, tanto o jogo base quanto as DLC’s oferecem uma das melhores histórias de toda a franquia e que te coloca em um papel de ajudar o verdadeiro protagonista. Você é o Campeão de Cyrondill, mas não é o herói prometido que derrotará o mal supremo.
Você está para ajudar a proteger o mundo, mas não é aquele que resolverá o problema e, isso é muito legal, pois são poucos jogos que te colocam no banco do carona durante a viagem de salvar a humanidade.
Na parte técnica, existem melhorias, mas que passaram despercebidas para olhos e ouvidos mais desatentos, o que pode ser uma coisa boa para quem está engajado com o game pela nostalgia. Para os mais atentos, você perceberá novas vozes, novas animações, novos detalhes e outras pequenas mudanças que irão agradar aos olhos.
Agora, se você é do tipo prático e já tem The Elder Scrolls IV: Oblivion na biblioteca e pode conseguir resultados iguais ou melhores, então talvez o preço de R$ 264 não deve ser um atrativo para você jogar esse game. Afinal, ainda é o mesmo Oblivion por dentro, mas com uma casaca nova e alguns retoques. Talvez, valha esperar uma boa promoção ou assinar o Gamepass.
The Elder Scolls IV: Oblivion Remastered

Prós e Contras
Prós
Gráficos atualizados: O jogo tem gráficos novos, mas mantém a nostalgia.
Novas dublagens: NPCs agora têm mais variedade de vozes, com atuações inéditas.
Qualidade de vida moderna: Auto-save, acessibilidade e controles revisados facilitam a experiência.
Contras
Animações antigas: Muitos movimentos ainda parecem datados, mesmo com retoques.
Bugs clássicos: Alguns problemas técnicos do original ainda persistem.
Interface limitada: Apesar das melhorias, os menus ainda são pouco intuitivos em certos pontos.
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