Se você não aguenta mais escolhas, romances, escolha de gênero e tudo que a Ubisoft vem fazendo com a série AC, então Assassins Creed Mirage é para você!
Eu particularmente adoro RPG e os últimos jogos da franquia Assassins Creed, Origins, Odyssey e Valhalla, são alguns dos que eu mais gosto em todo os 20 anos de lâminas ocultas, saltos de fé e capuzes bicudos. Sempre acho que praticamente qualquer jogo fica melhor com uma “pitada de Bioware” nele.
E quando digo isso, me refiro a história complexa, opções de diálogos que mudam o final, opções de romance e outras coisas pelas quais os jogos da Bioware ficaram famosos (positivamente, não estou falando de Anthem).
Mas, havia um problema: Esses jogos se afastaram de mais do “cerne” da franquia. Cheguei a comentar no meu review de Assassins Creed Valhalla: Dawn Of Ragnarök que esses últimos jogos “parecem assassins, mas não eram”.
Eles tinham os elementos típicos da franquia, mas eram tão cheio de coisas estranhas que quase não lembravam mais a luta dos assassinos contra os templários pelo controle da humanidade. Assassins Creed Mirage vem corrigir isso.
Sendo uma “volta as origens”, Assassins Creed Mirage remove praticamente todos os elementos de RPG que os últimos três títulos introduziram e apresenta um cenário muito mais familiar e reduzido que pode ser um alívio para os fãs cansados de abrir mapas gigantescos e escolhas complicadas. Pule, assassine e fique escondido. Era isso que os fãs queriam, mas será que foi isso que a Ubisoft entregou? Vamos falar sobre esse último game e, se ficar com dúvidas, é só deixar nos comentários.
Table of Contents
Em Algum Lugar Do Deserto…
Em Assassins Creed Mirage acompanhamos a história de Basim Ibn Ishaq. Um rapaz humilde nas ruas de Bagdá do século 9 e que vive de pequenos golpes e roubos junto com sua parceira, Nehal. Ambicioso, Basim quer se juntar aos Ocultos, uma organização para a qual vem trabalhando e ajudando há algum tempo, mas sem saber exatamente quem são e o motivo de suas ações. Ele apenas recebe os trabalhos através de um contato. Ele é confiante e sabe que pode conseguir um bom pagamento por suas ações, mas é cauteloso e paciente em cobrar isso de seu contato.

Já Nehal acha que ele tinha que cobrar mais por seus feitos e exigir que os Ocultos e revelem para Basim. Depois de um roubo bem-sucedido, Basim conhece uma dos membros dos Ocultos, Roshan, e diz a ela que pode triunfar onde os agentes dela falharam e, para provar isso, parte com Nehal para o Palácio de Verão do Califa, al-Mutawakkil, para roubar um baú que os Ocultos estão interessados, mas, como sempre acontece com um aspirante a Assassino na franquia, alguma coisa dá errado e Nehal é forçada a matar o califa para salvar Basim.
Basim e Nehal fogem, mas os soldados do califa estão procurando o assassino e resolvem matar todos os jovens rapazes da região que tenham qualquer mínima possibilidade de ser o culpado. Basim se revolta com Nehal pela morte do califa, mas se vê obrigado a fugir de Bagdá se quiser sobreviver e, com isso, ele se junta finalmente aos Ocultos sob a tutela de Roshan.
Anos se passam e quando um ataque eminente a fortaleza dos Ocultos parece ter origens em Bagdá forçando os Ocultos a voltarem a cidade para descobrir quem está por trás dessa invasão e quais os motivos deles. Com isso, uma nova aventura dos Assassinos começa e novos mistérios dos Isu serão revelados.
Requisitos Mínimos e Recomendados
Título do jogo | Assassins Creed Mirage |
Desenvolvedora | Ubisoft Bordeaux, Ubisoft Montreal |
Publisher | Ubisoft |
Gêneros | Stealth, Ação, Aventura |
Plataformas | PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox One, Xbox Series X e Series S, Microsoft Windows. |
Players | Singleplayer |
Tem modo local? | Não |
Tem modo online? | Não |
DLCs | Não |
Requisitos Mínimos | |
Sistema operacional | Windows 10 ou 11 |
Processador | Intel Core i7 4790K (Intel Core i5-8400 p/ Intel Arc c/ ReBAR) ou AMD Ryzen 5 1600 |
Memória RAM | 8 GB (dual-channel) |
Placa de vídeo | Intel Arc A380 6 GB, NVIDIA GeForce GTX 1060 6 GB ou AMD Radeon RX 570 4 GB |
DirectX | 12 |
Armazenamento | 40 GB SSD disponível |
Requisitos Recomendados | |
Sistema operacional | Windows 10 ou 11 |
Processador | Intel Core i7 8700K ou AMD Ryzen 5 3600 |
Memória RAM | 16 GB (dual-channel) |
Placa de vídeo | Intel Arc A750 8 GB, NVIDIA GeForce GTX 1660 Ti 6 GB ou AMD Radeon RX 5600 XT 6 GB |
DirectX | 12 |
Armazenamento | 40 GB SSD disponível |
Pelo Menos Basim Sabe Nadar
Se vamos colocar de uma forma bem simples e resumida, poderíamos dizer que Assassins Creed Mirage é praticamente um remake de Assassins Creed de 2007.
Ele tem praticamente todos os elementos do jogo original, um cenário muito parecido e alguns detalhes que dão essa vibe de “volta as origens” que os fãs tanto queriam, mas ainda tem alguns outros pontos que vem dos jogos mais atuais que foram bem recebidos pelos jogadores.
Para entrar na base dos Ocultos em Bagdá, você tem que entrar por cima, por uma abertura no telhado, assim como era em AC de 2007. Ao matar um alvo, você irá para um “cenário onirico” onde o vilão revelará as motivações dele ou os arrependimentos enquanto Basim molha uma pena no sangue do morto e depois terá que correr, se esconder, até chegar a base e entregar sua missão.

Essas ações aumentam seu nivel de procurado e rasgar cartazes ajudará a reduzir isso. Tudo bem familiar, não é? De mais recente, foi mantida a sua águia drone que fará um reconhecimento aéreo de locais de entrada, oportunidades, tesouros e inimigos que podem ser marcados para que você saiba onde ir, oque evitar ou quem matar, mesmo antes de chegar ao seu destino. O aprimoramento em Assassins Creed também é feito através de pontos que você ganha ao evoluir e construir seu Basim como você quiser. O sistema de combate focado em aparar, esquivar e contra-atacar também foi mantido.
Como um todo, Assassins Creed Mirage parece genuinamente uma sequência de Assassins Creed de 2007, o que pode ser uma espécie de faca de dois gumes. Por um lado, resume o que torna os jogos originais de ação e aventura tão fantásticos, mas, por outro, às vezes parece um jogo parado no final dos anos 2000. O resultado é uma experiência divertida e nostálgica que caminha na linha tênue entre ser uma homenagem e se sentir datado, mas fica claro desde o início que o bem supera em muito o mal.
O Melhor Do Jogo
Onde Assassins Creed Mirage realmente se destaca é em seu sandbox, pois rapidamente deixará os jogadores soltos dentro e fora de suas paredes. Bagdá está dividida em alguns distritos: Abbasiyah, o centro cultural; Karkh, o distrito comercial; Harbiyah, o distrito industrial; e a Cidade Redonda no centro de tudo.
Além das muralhas da cidade, os jogadores encontrarão a Terra Selvagem, completa com dunas de areia que dividem uma caravana aqui, um importante local histórico ali e um acampamento de bandidos em outro lugar.
Os jogadores passarão a maior parte do tempo nos telhados de Bagdá e, embora as mudanças entre os distritos sejam pequenas, são suficientes para manter os jogadores envolvidos apenas visitando a cidade. Sem mencionar que Bagdá realmente se sente viva, pois os jogadores interagirão com multidões e vários NPCs.
Isso não significa que a cidade de Bagdá seja uma grande fã de Basim. AC Mirage traz de volta o sistema de notoriedade, e possui três estágios que ditam como os guardas reagem quando os jogadores estão à vista. Os cidadãos padrão também reagirão com base no nível de notoriedade, chamando os guardas se avistarem Basim. Dependendo de onde os jogadores estão, é fácil ser cercado por guardas nas ruas de Bagdá, o que significa que o telhado é sempre o lugar mais seguro para Basim.
Mas, em última análise, a notoriedade e o sistema de detecção que o acompanha são excelentes. Não é nenhum segredo que a detecção de guarda em Assassins Creed Valhalla era tão sensível que a furtividade não era uma opção real, mas aqui é o oposto. Tudo em Assassins Creed Mirage leva os jogadores a se envolverem em ações furtivas.
Uma mensagem na tela de carregamento do Assassins Creed Mirage diz aos jogadores para evitarem o combate com mais de quatro inimigos, e essa é uma recomendação que vale a pena seguir. Os jogadores, quando em combate aberto, podem usar sua espada e adaga para destruir a saúde do inimigo ou para desviar um ataque, o que abre os inimigos para uma morte rápida.
Aparar um ataque para essa abertura exige que os jogadores se concentrem no tempo e, ao contrário de muitos jogos AC mais antigos, os inimigos não estão limitados a atacar um de cada vez. Em outras palavras, embora seja possível desviar o caminho para a vitória, não é fácil, e Basim é facilmente dominado à medida que o combate de Assassins Creed Mirage se intensifica. Apesar de saber que eu sou voto vencido aqui, ainda bem que a Ubisoft removeu a parte naval do jogo. Eu não aguentava mais ficar navegando por aí.
Bugs: Eles Também Estão De Volta
Onde o AC Mirage deixa a bola cair é a estabilidade geral, mas isso deve melhorar com os patches. Durante nosso tempo com o jogo, não sofremos falta de travamentos graves, travamentos, problemas de física e bugs gerais.

Embora não seja possível confirmar neste momento, parece que há um bug que impede que certos itens colecionáveis sejam encontrados ou disponibilizados no mapa, já que pesquisamos alto e baixo, mas de outra forma não conseguimos fazê-los aparecer ou aparecer. Até o jogador mais cego a bugs notará esses problemas, mas, felizmente, nada quebrou o jogo.
Veredito sobre Assassins Creed Mirage
Assassin’s Creed Mirage é um jogo de compromisso: algumas coisas ficam para trás para outras subirem. Assassin’s Creed Mirage parece mais uma sequência de AC1 do que um jogo de 2023, e se isso for um compromisso com o qual os jogadores concordam, então eles vão se divertir muito na caixa de areia.
Assassins Creed Mirage

Prós e Contras
Prós
+ Uma volta as origens da série;
+ Boa história e boa dublagem;
+ Sem partes navais e exploração do mar;
Contras
– Sensação de mais do mesmo do AC 2007;
– Falhas e bugs frequentes;
Fale conosco nos comentários e diga se curtiu essa novidade e aproveite para ler mais notícias no nosso site.
3 thoughts on “Review de Assassins Creed Mirage: Um Jogo Raiz Para Quem Não Aguenta Mais O RPG”