Beyond Good & Evil 20th Anniversary Edition é uma remasterização espetacular do clássico jogo cult da Ubisoft. Cada um dos modelos foi melhorado, os ambientes parecem nítidos e a iluminação é fantástica entre os ambientes da era PS2. E que, sinceramente, eu nunca tinha jogado antes. Sabe aqueles games tão famosos que você já ouviu falar mas que nunca tinha jogado antes seja por falta de tempo, oportunidade ou apenas falta da curiosidade suficiente para parar aqueles jogos que você já está jogando? Então, talvez seja algum dos casos!
Eu até cheguei a pegar uma versão do jogo remasterizada de 2011 que foi dada grátis pela Ubisoft alguns anos atrás e pensava “vou jogar e ver oque tem de tão bom nisso” e, no final das contas, nunca jogava. Talvez, eu posso parecer um tanto chato com isso, os gráficos um tanto datados tenham me afastado por algum tempo desse game incrível. E, por algum tempo, eu quero dizer, 20 anos!
E talvez seja por causa da remasterização para os gráficos mais modernos e a curiosidade de ver por qual motivo esse game tem tantos fãs até hoje (e tantos fãs decepcionados com o projeto de um segundo jogo que nunca saiu do papel). Talvez esses fãs de Beyond Good & Evil vão ter que ficar contentes com esse novo jogo que é uma “capa bonita” em cima da aparência do original, algumas melhorias em gameplay que deram um novo folego a aventura de Jade e Pey’j, embora alguns aspectos modernos de qualidade de vida tenham sido ignorados que me deixam pensando em “por quê não colocaram?”.
Quer saber se você pode começar a conhecer esse mundo por esse game? Quer saber se ele faz jus ao original? Então, vamos falar de Beyond Good & Evil 20th Anniversary Edition e, se ficar com dúvidas, deixe um comentário.
Table of Contents
Especificações Técnicas
Beyond Good & Evil – 20th Anniversary Edition não é um game pesado e nem exigirá um computador de última geração, sendo bem legal para jogar em seu PC Batata.
Título do jogo | Beyond Good & Evil – 20th Anniversary Edition |
Desenvolvedora | Ubisoft |
Publisher | Ubisoft |
Gêneros | Ação/Aventura |
Plataformas | Nintendo Switch, PlayStation 5, PlayStation 4, PC |
Players | Singleplayer |
Tem coop local? | Não |
Tem coop online? | Não |
DLCs | Não |
REQUISITOS MÍNIMOS | |
Sistema Operacional | Windows 10 (64 bit only) |
Processador | Intel Core i5-4460, AMD Ryzen3 1200 |
Memória | 8 GB de RAM |
Placa de vídeo | NVIDIA GeForce GTX 960 (4GB VRAM) or AMD Radeon RX 5500 XT (4GB VRAM) |
DirectX | Versão 11 |
Armazenamento | 20 GB de espaço disponível |
REQUISITOS RECOMENDADOS | |
Sistema Operacional | Windows 10 (64 bit only), Windows 11 (64 bit only) |
Processador | Intel Core i7-6700, AMD Ryzen5 1400 |
Memória | 8 GB de RAM |
Placa de vídeo | NVIDIA GeForce GTX 1050ti (4GB VRAM) or AMD Radeon RX 5500 XT (4GB VRAM) |
DirectX | Versão 11 |
Armazenamento | 20 GB de espaço disponível |
Maldita Companhia Elétrica!
Beyond Good & Evil começa com uma propaganda de TV, que mostra que uma empresa governamental, as Forças Alpha, que estão bravamente defendendo o mundo dos aliens da força conhecida como Doom Z. Em uma pequena ilha com um Farol, Jade está pronta para repelir outro ataque dos alienígenas mas, seu escudo de força é desligado pela companhia elétrica por falta de pagamento, forçando ela a lutar para resgatar as crianças que vivem com ela e que foram capturadas em casulos e se transformaram em aliens. Derrotando os aliens ela liberta as crianças.
De repente um buraco se abre e ela é engolida para uma caverna onde é capturada e quase absorvida por um alien com tentáculos e um olho central. Ela é resgatada por Pey’j, um porco antropomórfico, que lhe dá a dica de atingir o olho do alien para vencer. As forças da Seção Alpha aparecem (depois que o problema foi resolvido) para aparecer como os grandes heróis.

Sem dinheiro para religar a energia, eles ficam vulneráveis a ataques e outras coisas, mas Pey’j diz ter a solução: Alguém está comprando fotos de animais da região e, mandando algumas, eles vão ter dinheiro para religar a energia, ativar o escudo e, principalmente, ver o disco que Jade recebeu com informações importantes sobre uma possível ligação entre a Seção Alpha e o Doom Z que ela está investigando para o seu jornal. Com isso, começa a aventura que vai te levar a lugares e conhecer pessoas que vão te levar além do bem e do mal.
Como Jade, você é repórter da Rede IRIS. Você está tentando descobrir a operação decadente das Seções Alfa, que estão trabalhando secretamente com o DomZ no sequestro de residentes do mundo. Você está passando furtivamente pelos guardas em divertidas seções furtivas e tirando fotos, mostrando evidências aos residentes de Hillys. Cada uma dessas bases que você encontra parece masmorras de Zelda enquanto você resolve quebra-cabeças e luta contra um chefe no final desses níveis.
Ao longo da narrativa, haverá reviravoltas surpreendentes ao longo do caminho, fazendo com que o jogo pareça novo ao longo de sua campanha de cerca de 8 a 10 horas. A história pode ser curta, mas deixará um impacto. O porco Pey’J, Jade, a IA Secondo (um estereotipo dos latinos) e Double H são todos memoráveis, embora seus personagens não sejam muito aprofundados. As conversas entre eles são envolventes e você vai querer saber mais sobre elas. O passado e a identidade de Jade também são aspectos do jogo que o deixarão intrigado, sem revelar muito sobre o enredo.
Hillys é de tirar o fôlego
O planeta Hillys captura uma fantástica atmosfera de ficção científica com belas paisagens oceânicas dignas de Avatar até aqueles bares sujos típicos de Star Wars e aquelas notícias e propaganda exibidas por aqueles que dizem proteger os cidadãos do planeta, parecidas com as vistas em Starship Troopers.
Existem várias culturas e espécies exóticas representadas em Beyond Good & Evil, vivendo juntas nas cidades como por cos antropomórficos, crianças alienígenas, humanos e outras coisas estranhas, mas simpáticas se você estiver disposto a conhecê-los. Parece vivido. A música desses planetas, lugares e bares sujos também passam a vibe correta, colocando você no meio da cena. Esta edição do 20º aniversário faz um trabalho magistral de remasterização da trilha sonora, tornando-a mais clara e vibrante.

A construção do mundo e o espírito aventureiro natural de Beyond Good & Evil que parecia à frente de seu tempo em muitos aspectos quando chegou as lojas é o que realmente atrai muitos para este clássico do PS2. Muito antes que os mundos abertos se tornassem a norma nesta indústria, Beyond Good & Evil já lhe permitia correr livremente, impedir que ladrões roubem seu dinheiro em uma grande perseguição e tirar fotos de muitos animais pelo caminho.
Tirar fotos também, além de ser legal e mostrar detalhes interessantes sobre elas, garantem recursos. Muitas dessas criaturas estão escondidas em todos os cantos do mundo, obrigando você a cutucar, bater e prestar atenção a sua volta para encontrá-las. Ao tirar essas fotos, você receberá dinheiro e outras recompensas pelo seu trabalho. Este jogo te recompensa por explorar com itens que quando usadas ajudam a atualizar sua nave, dinheiro e outros itens importantes, como power-ups de saúde e mais. Vale a pena ser curioso aqui!
Faltou Qualidade de Vida
Existem alguns problemas principais que temos com esta nova versão de Beyond Good & Evil. O maior problema é como salvar o jogo. Na versão original, você tem cinco salvamentos manuais disponíveis. Infelizmente, na edição do 20º aniversário, você tem apenas um salvamento manual e quatro salvamentos automáticos. Isso é bizarro e frustrante de lidar. Durante os momentos finais, há uma seção do jogo em que você não pode retornar para Hillys.
Existem muitos troféus e conquistas para completar, e se você tiver um salvamento manual feito no final do jogo, você está ferrado. Você não pode voltar ao planeta e terá que começar o jogo do zero novamente se quiser coletar tudo. Ser capaz de salvar manualmente em vez desses pontos inúteis de salvamento automático teria sido melhor.

Em segundo lugar, é difícil lidar com a câmera. Ela fica presa nas paredes e pode ser difícil ter uma visão completa da ação. Às vezes, as salas são pequenas demais para facilitar uma batalha com um guarda e você não consegue ver um ataque chegando. Além disso, a câmera pode causar problemas nas seções furtivas. Em alguns momentos de Beyond Good & Evil, fui detectado por um guarda porque não tinha uma visão clara de que havia um guarda acima de Jade ou na esquina. Parecia injusto, especialmente em relação à segunda metade de Beyond Good & Evil, em que a detecção equivale à morte automática de um drone próximo.
Veredito sobre Beyond Good & Evil 20th Anniversary Edition
Para você que nunca jogou, a edição de aniversário de Beyond Good & Evil é uma excelente porta de entrada, pois atualiza os gráficos, músicas e ainda oferece muito para se ver, explorar e descobrir. Você vai encontrar muitas coisas legais escondidas pelo caminho, ver personagens interessantes e divertidos de uma época em que as empresas não tinham tanto medo de arriscar em ideias diferentes fora do mainstream que elas já sabem que vendem.
A duração do jogo, 8 a 10 horas, pode não parecer muito hoje em dia, mas é mesmo sendo um passeio curto, ainda é um passeio bem divertido. Você poderá explorar coisas ainda como museu e ver imagens, ver detalhes de produção e etc para completar esse rolê pelo passado.
Por outro lado, gerenciar a câmera e o save pode tirar um pouco da paciência dos jogadores mais ansiosos e acostumados com as facilidades dos games modernos, o que pode fazê-lo não apreciar todo o mundo feito por uma Ubisoft do passado que merece ser reverenciada. Claro, naquela época talvez os personagens não fossem tão expressivos como hoje e ver as caras congeladas e movimentos meio travados possam não ser o ideal para os jovens jogadores, mas se você passar por cima disso, vai achar um verdadeiro tesouro enterrado no passado do mundo dos games.
Beyond Good & Evil 20th Anniversary Edition

Prós e Contras
Prós
+ Os gráficos foram bastante melhorados;
+ A música remasterizada parece maravilhosa;
+ A jogabilidade furtiva e a exploração do mundo aberto ainda são fantásticas;
Contras
– Apenas um salvamento manual é ridículo;
– A câmera não envelheceu bem;
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