Imaginou que Criar seu Próprio Jogo é um trabalho difícil? Na verdade é sim, mas dá para brincar um pouco enquanto você faz isso.
Alguma vez você jogou um jogo medíocre, com bugs e fases sem graça ou desafio e pensou “eu faria bem melhor”? Saiba que muitos games que você joga hoje em dia vieram desse exato pensamento. Porém, fazer jogos é um trabalho cansativo, aprender a programar é uma tarefa que requer tempo (e dinheiro) e coisas como personagens, roteiro, voz… muito trabalho.
“Só quero fazer um joguinho de zoeira. Um meme game.”

Se você quer fazer isso de um jeito rápido e divertido, boa notícia: hoje existem várias ferramentas que são jogos por si — ou que funcionam como jogos — e deixam você criar jogos enquanto joga. Não é precisa virar desenvolvedor profissional; você só vai brincar com mecânicas, montar níveis e testar ideias como se estivesse jogando mesmo.
Desde de editors que parecem um “modo criativo” do Minecraft ou Fortnite, até estúdios com templates e kits prontos. Mas todos deixam que você crie em minutos, jogue, ajuste e mostre no final um joguinho que você fez. Vamos falar de jogos que deixam você criar um jogo e, se você ficar na dúvida, deixe um comentário.
Criar seu Próprio Jogo
Onde Posso Criar Jogos?
Existem alguns nomes que aparecem sempre quando falamos em “fazer joguinhos brincando”. Alguns são mais focados em jogos 2D com interface simples; outros são plataforma social com mundos 3D e monetização; outros são praticamente estúdios com interface gamificada. Veja alguns:
RPG Maker (site oficial) é o mais famoso para quem quer montar RPGs 2D estilo clássico: mapa por mapa, personagem por personagem, batalhas por turnos e narrativa fácil de montar. Ele traz ferramentas visuais para criar mapas, menus, bancos de dados de itens e inimigos, e vem com pacotes de recursos prontos — ou você pode importar os seus. Em poucas horas dá para montar uma pequena dungeon, estabelecer uma história simples e ter algo jogável para mostrar.
Dreams (site oficial), da Media Molecule (exclusivo PlayStation), é diferente: é uma caixa de ferramentas criativas onde a mecânica de “criar” é tão central quanto a de “jogar”. Na prática, Dreams permite modelar, animar, compor música, montar lógica e publicar pequenos jogos e experiências. A comunidade dentro do “Dreamiverse” é onde você pega templates, remixa projetos e testa suas ideias com outras pessoas.
Fancade (site oficial) é um exemplo ótimo quando o objetivo é “criar rápido e jogar no celular”. O app é um arcade de mini-jogos que você tanto joga quanto edita: o editor é arrastar e soltar, com kits e blocos lógicos que facilitam montar puzzles, plataformas e shooters curtos. É direto, rápido e ideal para quem quer prototipar ideias na palma da mão.
Roblox (site oficial) é uma plataforma social gigantesca onde os mundos são jogos e os jogadores podem virar criadores. O Roblox Studio (a versão completa) roda em PC e é uma ferramenta poderosa para criar experiências 3D, inclusive multiplayer. Parte do apelo é a comunidade massiva: você pode publicar para milhões e usar assets prontos, além de colaborar com outros criadores. Mesmo que a criação pura seja melhor no PC, a experiência de “jogar e iterar” é muito forte na plataforma.
GDevelop (site oficial) e Construct são exemplos de “editores visuais” que funcionam muito bem como ferramenta de protótipo sem exigir programação tradicional. GDevelop tem versão web que permite criar e exportar jogos para Android, web e desktop com eventos visuais; Construct 3 roda direto no navegador e é muito usado por quem quer montar jogos 2D rapidamente. Esses ambientes são ótimos para quando a ideia é experimentar mecânicas (jump, shoot, puzzle) e transformar aquilo em um jogo jogável sem horas de curva técnica.
Projetos rápidos que qualquer um consegue montar
Quer umas ideias de coisas rápidas que dá pra criar sem precisar programar nada? Aqui vão algumas opções que funcionam na maioria das ferramentas que falamos. Um mini-RPG com dungeon e chefão, por exemplo, no RPG Maker você monta mapa, inimigos e história e já tem algo jogável em poucas horas.
Dá pra criar uma arena de pontos no estilo arcade, em Fancade ou no editor do Dreams, onde você monta um mapa curto, coloca obstáculos e um sistema de pontuação pra competir com os amigos. Para quem curte puzzles de música ou ritmo, no Dreams ou em kits do Construct/GDevelop dá pra ligar sons a plataformas e montar desafios de timing bem legais. Plataformas run-and-jump com power-ups também são simples de fazer: GDevelop e Construct têm templates prontos, você troca os gráficos, ajusta tempos e já tem um jogo novo rapidinho.
E se a ideia é mundo social, tipo obstáculos ou parkour, no Roblox você monta o mapa, coloca checkpoints e deixa o público entrar pra correr, competir e compartilhar recordes. Outra opção é pegar níveis que já existem na comunidade, em Dreams, Roblox ou Fancade, e remixar com a sua cara — trocar assets, mudar regras, publicar sua versão. Isso dá gratificação instantânea: você edita, joga e mostra na hora.
O ponto principal é que você não precisa tentar construir um jogo gigante ou um AAA. Comece com algo simples e jogável, tipo “chegar ao final”, “pegar X pontos” ou “sobreviver 60 segundos”, e transforme isso numa experiência divertida. Mesmo projetos pequenos podem ser muito satisfatórios quando você joga, testa e ajusta, e isso já te dá aquela sensação de ter feito algo seu.

Por que isso vicia
A criação gamificada funciona porque repete o mesmo ciclo que já prende em qualquer jogo: você experimenta, vê o resultado, ajusta e testa de novo. Em vez de só consumir conteúdo, você está criando algo para você jogar. O ciclo é rápido: você monta um nível, joga, percebe um defeito, conserta, testa de novo e compartilha. A recompensa é imediata, e se a plataforma tiver comunidade ativa, vem feedback, comparação com outros jogadores e ainda mais ideias para a próxima versão.
Além disso, dá pra aprender no processo sem perceber. Um inimigo bem colocado muda totalmente a tensão, o layout do mapa força decisões do jogador, um som certo transforma um momento simples em algo mais dramático. São lições de design que aparecem enquanto você joga e cria, sem precisar se prender a teoria ou tutoriais longos.
Como começar hoje?
Escolha a plataforma que combina com o que você quer fazer. Quer algo rápido no celular? Experimente Fancade. Quer montar RPG com narrativa? RPG Maker é perfeito. Curte 3D social? Roblox ou Core são boas pedidas. Quer prototipar mecânicas 2D no navegador? GDevelop ou Construct funcionam bem.
Comece pequeno: um nível só, uma mecânica principal. Teste até ficar divertido. Projetos gigantes são a forma mais comum de desanimar. Use templates e assets prontos, eles existem justamente pra acelerar a diversão.
Troque sprites, ajuste valores e experimente até achar algo interessante. Depois, se quiser, você pode criar o visual do zero. Publique e peça feedback. A graça de criar jogos assim é ver outras pessoas jogando, e plataformas como Roblox e Dreams têm ecossistemas completos pra isso. Fancade e GDevelop permitem compartilhar de forma rápida e simples.
Não espere que essas ferramentas substituam um estúdio indie sério. Elas têm limites de performance, complexidade e escala. Dreams, por exemplo, oferece muita liberdade criativa, mas teve problemas de suporte e sustentabilidade; Roblox exige aprendizado maior para projetos complexos; editores visuais nem sempre funcionam bem em dispositivos mais fracos.
Ou seja, são ótimos para protótipos, experimentos e jogos curtos, mas projetos ambiciosos podem precisar migrar para ferramentas mais tradicionais se você quiser levar a coisa adiante.
E se quiser levar mais a sério?
Se o seu hobby começar a dar certo e você quiser evoluir, dá pra aprender a exportar projetos, entender lógica básica e migrar para ferramentas mais robustas como Unity ou Unreal, ou ainda chamar alguém pra ajudar a transformar sua ideia em algo maior. Mesmo assim, muita gente fica satisfeita só criando pequenos universos, minijogos e experiências que outras pessoas jogam, remixam e se divertem com elas. A beleza dessas ferramentas é que você consegue experimentar, testar e ajustar sem pressão, e ainda se diverte fazendo isso.
Por onde começar agora
Se quiser tentar um sprint hoje, baixe Fancade no celular, faça um mini-nível e publique para amigos. Prefere PC e narrativa? Abra RPG Maker ou pegue um template no GDevelop e troque sprites e elementos.
Curte ambientes sociais e 3D? Entre no hub do Roblox, explore jogos feitos por outros, veja como eles montam mapas e pense “isso eu ajeito do meu jeito”. Essas ferramentas não vão te transformar em programador da noite pro dia, mas são perfeitas pra quem quer transformar frustração em criação, inventar mecânicas e, acima de tudo, se divertir testando ideias — jogando o seu próprio jogo.
Fale conosco nos comentários e diga se curtiu essa novidade e aproveite para ler mais notícias no nosso site.