Assassin’s Creed Valhalla: Dawn of Ragnarök – Guie Odin pelos Nove Reinos nessa Incrível DLC

Assassin’s Creed é uma série incrível da Ubisoft que já teve seus altos e baixos. E quando digo altos e baixos, eu digo altos bem altos, a ponto de você poder saltar de lá em um Salto de Fé, e baixos tão baixos que te faziam até perder a pele da cara e ficar só com cabelo olhos e dentes. Além disso, a publicação de um capítulo anual de um jogo, tornou essa uma das mais longas e aclamadas franquias dos jogos modernos.

Também foi uma franquia que eu me comprometi a jogar todos os jogos até o final e tenho feito isso de maneira totalmente falha! Até o momento, joguei todos os jogos. Pelo menos comecei alguns mas não terminei todos.

Em ordem: não joguei Assassin’s Creed: Rogue e Freedom Cry, porque o excesso de batalhas navais de Assassin’s Creed Black Flag me irritou e eu não queria ver um barco na minha frente nem que ele fosse de ouro.

Também não terminei Assassin’s Creed Unity, pois temos um jogo muito grande, com uma obrigatoriedade de multiplayer e bugs que me desanimaram a continuar num game tão longo. Agora, Assassin’s Creed Valhalla, a última versão da franquia, é um que também está na minha lista de “jogos a terminar”. Então, quando recebi a tarefa de revisar a DLC Dawn of Ragnarök eu pensei “E agora?”

Se você quer saber o que achei do jogo, vamos falar sobre esse game que leva a história de Eivor, o Viking, para os nove reinos em busca do deus Baldur. Se você tiver alguma opinião, curtiu o jogo ou não, deixe ai nos comentários.

Por que se preocupa com esse sonho Baldur?

O jogo começa com uma intro escrita de uma conversa entre Odin, o deus supresso do paganismo nórdico e um de seus filhos, Baldur. A frase diz sobre um sonho que Baldur tem com a morte, mas, ele é imortal e por isso, não deve se preocupar com esse assunto. Porém, a morte de Baldur é o principal motivo do início do crepúsculo dos deuses, ou o Ragnarök, ou também chamado de fim do mundo nos textos antigos dos nórdicos.

Assassin's Creed Valhalla: Dawn of Ragnarök
Dawn of Ragnarök
Assassin’s Creed Valhalla: Dawn of Ragnarök

Dando um pouco de contexto: Baldur era o mais amado dos deuses do Valhalla, tão amado que a esposa de Odin, Frigga, conversou com cada um dos elementos, animais, deuses e monstros, pedindo que eles nunca fizessem mal a Baldur. Todos concordaram e juraram a Frigga não machucá-lo, porém, ela esqueceu de um: o musgo (ou visgo)!

Um dia, em Valhalla, quando todos estavam brincado do divertido jogo de dar flechadas em Baldur (supersaudável fazer isso), o irmão de Odin, Loki (sim, ele é tio de Thor e não irmão) deu a Hoder, o irmão cego de Baldur, uma flecha com musgo e a flecha matou o amado deus. Enfurecido, os deuses castigam Loki e o prendem. Quando ele se liberta, é que começa o Ragnarök.

Agora, no jogo, você começa em um dos nove reinos, chamado Svartalfheim, o lar dos anões, junto com Frigg, a mãe de Baldur, com você, Odin, mas na forma de Eivor, conforme você escolheu (se você é Eivor mulher, então, você começa com uma mulher.

O motivo disso envolve o final do jogo base, então, não vamos dar spoiler). Frigg está furiosa com você, culpando-o por não ter tomado uma atitude definitiva com Loki e por isso, Baldur foi sequestrado por Surtur, o deus supremo do reino de Muspelheim.

Frigg está ciente da única vulnerabilidade de Baldur enquanto Hive, como Eivor é chamado, também está preocupado com a saúde do deus, mas pede cautela, pois sabe que não é inteligente encarar Surtur sem um preparo.

Eles vasculham uma cidade atacada, alguns muspelim, como são chamados os habitantes de Muspelhein, atacam. Eles são humanoides feitos de lava e queimam tudo a seu redor, mas não são suficiente para parar você e Frigg. Então, um deles indica que Baldur está no palácio real, para onde vocês se dirigem.

Lá, vocês encostram Surtur e sua esposa, Sinmara, esperam por vocês. Sinmara e Frigg começam a lutar, enquanto você enfrenta Surtur em pessoa em uma luta difícil! Com persistência, muita esquiva e algumas várias tentativas, você consegue vencer Surtur e Frigg derrota os lacaios de Sinmara. Mas, antes de resgatarem Baldur, Surtur reaparece e ataca Hive pelas costas, nocauteando nosso personagem. Entre momentos de lucidez e desmaio, vemos que Frigg é assassinada e somos jogados em uma sargeta.

Somos resgatados por dois anões, Sigrun e Helstein, que nos guiam até uma forja oculta para nos entregar um presente forjado pelos anões, uma pulseira que nos dá a capacidade de absorver os poderes dos nossos inimigos e usá-los.

Absorvemos um muspelim e usamos seus poderes para superar alguns desafios simples, derrotamos mais alguns inimigos e chegamos a um dos acampamentos dos anões, onde começará nossa jornada pelos reinos que compõem os galhos de Yggdrasil.

Mais uma longa jornada pela frente

Os últimos games da franquia Assassins Creed tem dividido a base de fãs entre os que amam os novos personagens, mecânicas e mistura de RPG que a Ubisoft e o s que realmente detestam tudo isso.

Essa nova tendência começou em Assassin’s Creed Origins, que começou a incluir mecânicas de evolução de personagem, árvore de habilidades e outras coisas que permitiam uma personalização do personagem e foi expandido em Assassin’s Creed Odyssey, dando ao jogador a possibilidade de escolher qual é o sexo do seu personagem principal.

(claro que antes já tinha a Evie, de Syndicate, mas ela não era a mesma personagem com a possibilidade de escolha de sexo e sim uma personagem completamente independente e também houve Aveline, mas também não havia escolhas)

Valhalla também é um dos jogos que ainda usa essa nova mecânica e dá uma enorme árvore de habilidades para Eivor evoluir e se tornar mais a cara do jogador do que um personagem “pré-pronto” como era Ezio. E, em todos os casos, tanto no Valhalla, Odyssey e no Origins, as críticas se concentram na questão de que o jogo “não é mais Assassin’s Creed” e em todos os casos, eu não concordava.

Claro que eu sentia a falta de alguns elementos, como as lâminas ocultas, as referências a irmandade, as frases icônicas (“nada é verdade, tudo é permitido”) e outras coisas que foram virando as marcas de Assassins Creed, além do fato de que, não éramos exatamente assassinos.

Mercenários, medjay, vikings, nunca exatamente assassinos faziam parte daquela irmandade que conhecíamos e tinham as suas regras bem definidas. Os jogos mais atuais se afastaram daquela realidade, mas, de alguma forma, ainda eram familiares.

Tem Assassins Creed no nome, mas não parece

Mas, em Dawn of Ragnarök, pela primeira vez, eu senti que aquilo não era Assassins Creed. Poderia se chamar só Dawn of Ragnarök que não faria diferença. Tudo parece tão estranho, longe e diferente que tirou completamente a essência do jogo original.

Quer dizer, sabemos que tem mágica em Assassin’s Creed? Sim, mas tudo era focado principalmente na luta da irmandade contra os templários. Era o livre arbítrio contra o controle. A ordem contra o caos. A magia acontecia, em geral, em uma luta contra um chefe final que tinha um artefato mágico, um pedaço do Éden, e, com ele, a mágica.

Aqui, somos um deus nórdico, lutando contra criaturas feitas de fogo em um reino mágico, com anões e superpoderes de se transformar em inimigos e um monte de coisas muito irreais é que afasta esse título dos outros. Não há templários e nem nada que remeta a eles, não há o domínio da humanidade em jogo, não há controle vs liberdade.

Esse jogo é sobre o deus Odin lutando para resgatar o seu filho de um deus maligno. Então, ele não tem aquele “feeling” de Assassins Creed. Poderia ser um início de outra franquia que ninguém notaria.

Isso não é, de forma alguma, um demérito para o jogo, mas para quem vai ficar 33 horas explorando o mundo mítico dos nórdicos em um jogo chamado Assassins Creed, você certamente uma hora sentirá falta de ser um assassino como antes.

E nessas 33 horas, prepare-se para muitas atividades típicas da franquia em um enorme mapa de mundo aberto. Desbloqueie acampamentos, invadir fortalezas, sincronize em torres e tudo mais o que você fez no jogo base estará aqui novamente.

Se você gostou de tudo, então ótimo. Se, em algum momento, você se cansou das milhares de coisas a se fazer no mapa (como eu cansei em Unity), Dawn of Ragnarök vai ser uma longa jornada por um jogo que “não é, mas parece” Assassin’s Creed.

Roubar poderes abre novas possibilidades

Em termos de jogabilidade, no entanto, Dawn of Ragnarök apresenta várias novas ideias para a fórmula de Valhalla, transformando a forma como você é capaz de explorar seu mundo e lutar contra inimigos dentro dele.

Assassin's Creed Valhala: Dawn of Ragnarök
Assassin’s Creed Valhala: Dawn of Ragnarök

No início de sua jornada por Svartalfheim, Havi é presenteado com o Bracelete de Hugr, uma manopla que lhe permite arrancar o hugr (a mente e as emoções da alma de uma criatura) de inimigos e animais mortos e herdar suas formas e habilidades. Isso oferece novos caminhos de navegação e absorver o hugr de um corvo permite que Havi se transforme em um e voe pelo mundo, por exemplo

No combate absorver o hugr de um gigante do gelo pode revestir as armas de Havi em gelo, permitindo que ele congele inimigos e usar o hugr de um muspelin pode dar a Havi a aparência de um gigante de fogo, permitindo que ele caminhe entre os nativos de Muspelheim sem levantar suspeitas.

Cada um dos poderes suporta um dos principais pilares de Assassin’s Creed – parkour, combate e furtividade – criando oportunidades envolventes para experimentar como Havi pode resolver um problema.

Havi lembra muito como Kassandra de Assassin’s Creed Odyssey, incorporando uma combinação de movimentos padrão e poderes divinos – se você estiver disposto a se envolver com ambos os movimentos e considerar cuidadosamente como usar cada um a seu favor, você pode destruir acampamentos inimigos com uma facilidade agradável e uma demonstração satisfatória de força.

Criativo, mas pode ser irritante

Havi só pode ter dois hugr por vez e cada habilidade precisa ser carregada antes de poder ser usada, incentivando você a ser estratégico tanto no que você escolhe ter acesso quanto quando decide utilizá-lo. Essa consideração adicional pode levar a momentos de adaptação recompensadora, mas é muito fácil, limitado a experiência.

É chato chegar a pontos da história em que você precisa de um certo poder para prosseguir, mas não o tem equipado, forçando-o a retroceder e encontrar um inimigo com o hugr que você precisa. Felizmente, isso não acontece com muita frequência, mas ocorre apenas o suficiente para ser visivelmente irritante.

O bracelete não é a única grande mudança que Assassin’s Creed Valhala: Dawn of Ragnarök implementa. A expansão opta por uma abordagem mais aberta à exploração em comparação com os jogos anteriores de Assassin’s Creed. Após um prólogo, Havi emerge de uma caverna para se encontrar no topo de um penhasco, apresentando ao jogador uma vista deslumbrante das montanhas imponentes, vales verdes e colinas de Svartalfheim.

Assassin's Creed Valhala: Dawn of Ragnarök
Assassin’s Creed Valhala: Dawn of Ragnarök

O jogo não fornece nenhum ponto de passagem neste momento, apenas direções soltas para encontrar uma maneira de salvar Baldur e, se o tempo permitir, descobrir os esconderijos dos anões e ajudá-los em sua luta contra Surtur – os esconderijos dos nativos de Svartalfheim podem ser encontrado olhando para a topografia do mapa do jogo e seguindo as pistas escondidas pelo ambiente.

Isso fará você explorar muito pelo mapa o que pode deixar aquela sensação de que a sua quest não é a coisa mais urgente a se fazer. Você tem que salvar Baldur, vingar sua esposa morta, acabar com os planos de Surtur e ainda dar uma surra na esposa dele que eventualmente aparece para lhe provocar e lutar antes de fugir dizendo que vai te caçar por todo o mundo e blá, blá, blá… mas, para isso você tem que ficar procurando acampamentos, fazendo side quest que não são interessantes e nem tão relacionadas, acabando inimigos que não tem nada a ver com a sua busca.

Ficará muito tempo explorando para cumprir objetivos e não avançará na quest principal. Algo a se pensar na hora de embarcar na aventura, pois você precisará de um bom tempo para conseguir cumpri-la.

Veredito de Assassin’s Creed Valhala: Dawn of Ragnarök

No geral, Dawn of Ragnarok é uma expansão muito boa que oferece um grande mundo cheio de novos aliados e inimigos. Se você é alguém que ainda não se cansou de Assassin’s Creed Vallhala mesmo depois de completar o jogo principal e as expansões anteriores, então você achará que vale a pena investir na nova expansão.

No entanto, pode haver momentos em que o conteúdo pareça repetitivo e que a campanha principal ficou esquecida e não é urgente, portanto, prepare-se para algumas decepções. Fora isso, embarcar em uma jornada para derrubar o gigante do fogo é uma experiência divertida e desafiadora.

A saga de Assassin’s Creed

O enredo central da trama de Assassin’s Creed gira em torno do conflito de duas sociedades secretas: Os Templários, ordem que foi fundada em 1129, com o objetivo de estabelecer a paz porém através de um controle social estabelecido pelos mesmos.

E os Assassinos, que embora o nome pareça contraditório, têm o mesmo objetivo, mas almejam isso por meio do livre arbítrio. Com o passar dos anos, indo desde o antigo Egito aos tempos modernos, vemos que essa guerra vem de muito antes das Cruzadas e a raiz do que são os templários e assassinos tomaram vários nomes durante a história.

Ambientado durante as invasões vikings na Grã-Bretanha. Nele, o jogador pode controlar a versão masculina ou feminina de Eivor, e terá a possibilidade de escolher com qual dos dois personagens principais prefere jogar.

Os jogadores devem conquistar um novo futuro para seu clã, conquistando tesouros, forjando alianças e destruindo seus inimigos, porém, existe algo a mais na história, um mistério que envolvem antigas e esquecidas civilizações em seu caminho.

Assassin’s Creed Valhalla estará disponível para as plataformas PS4,PS5, Xbox One, Xbox One Series S, Windows e Stadia. Fale conosco nos comentários e diga se curtiu essa novidade e aproveite para ler mais notícias no nosso site.

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