Doom: Dark Ages – Faça os Demônios Chorarem de Verdade

Em Doom: Dark Ages, você está em um cenário medieval com milhares de demônios, hordas de criaturas infernais e outros monstros. E você está muito feliz com isso!

Tenho que confessar que, durante o período do começo da internet e a popularização dos computadores pessoais, eu não tinha um. Eu só fui ter um PC muito tempo depois e, por isso, eu nunca joguei os clássicos Doom e nem Duke Nukem, os pioneiros dos FPS de computador que moldaram o gênero. Eu só fui começar a matar demônios e aliens muitos anos depois e, apesar de o Duke Nukem estar desde 2011 provavelmente sentado e assistindo Oprah, seu principal concorrente, o Doom Guy (ou Doom Slayer) está por aí firme e forte!

E o último jogo do destruidor do inferno chegou e levou a caça a Idade das Trevas. Como eles chegaram lá, eu não faço ideia, mas pouco importa. Você está lá para fazer o seu trabalho. Matar tudo que grune e se move. Dessa vez, além das suas armas convencionais, você tem um escudo que vai te ajudar a lidar com raios e bolas de fogo, devolvendo elas na cara dos inimigos e criando oportunidades para transformá-los em uma massa de carne e ossos.

Mas você está pensando se vale a pena pegar esse jogo e passar algumas horas de forma bem suave, só atirando em tudo oque tem pela frente, nós vamos te falar se Doom: Dark Ages (site oficial) está legal ou não e, se você ficar com dúvidas, deixe um comentário.

Passando por cima de tudo

Doom: Dark Ages tem uma história, assim como os outros. E tem uma lore antiga, que vem desde antes da versão de Nintendo 64, quando o Doom Guy, aquele dos jogos de PC de 1993, se tornou o Doom Slayer e ficou anos preso no inferno, e tudo mais. A história está por aí. Ela aparece no começo de cada fase, mas, como a maioria dos jogadores dessa franquia está ali mais para atirar em tudo oque se move, então, ela é mantida bem clean. Há sim um cuidado com a história por parte da id Software, mas ela não é o “prato principal” e sim aperitivo.

Doom: Dark Ages
Doom: Dark Ages

O jogo começa com uma invasão de demônios a uma vila e a Comandante Thira pede ajuda para seu pelotão para proteger esse local. Ela chama um alien gordo, Kreed Maykr, e pede que ele libere o Doom Slayer para ajudar a proteger o lugar, um planeta chamado Argent D’Nur. A contragosto, o Doom Slayer é lançado no campo de batalha e aí os demônios olharam e disseram “fodeu”.

A partir daí você apenas começa o matar tudo o que se move. Você vai receber algumas novas armas durante o seu caminho, vai aprender a como socar coisas, sobre como fazer seus inimigos explodirem em power-ups e principalmente, usar o seu mais novo companheiro, o Escudo. Esse escudo com serra rotatória nas bordas será tão importante nesse jornada quanto a sua fiel escopeta.

Com ele você poderá atordoar inimigos, arremessando ele como um frisbee, no melhor estilo Capitão America, e criar brechas nas defesas dos inimigos enquanto avança pelo meio deles (literalmente, pelo meio deles). Outro movimento novo é o “Shield Dash”, em que você coloca seu escudo na frente do corpo mira no máximo de demônios que conseguir e avança em alta velocidade, estraçalhando tudo oque está no seu caminho. Esse golpe pode ser ótimo pra se livrar de momento em que estiver cercado de criaturas.

Por último, talvez o real motivo do escudo ter entrado no jogo é o novo movimento Parry, onde você refletirá bolas de fogo e raios para os inimigos com o seu escudo. Dominar esse movimento é oque vai fazer a diferente entre sobreviver e morrer. Você receberá muitos ataques de longo alcance e precisará dicar de olho na hora certa de devolvê-los as criaturas que ficarão atordoadas por tempo o bastante para você mandá-las para o… devolvê-las pro inferno? Não sei.

Requisitos de Sistema

Doom: The Dark Ages é um jogo pesado, feito pra rodar bem só em máquinas mais novas. PCs antigos ou médios vão ter dificuldade mesmo nos gráficos baixos. Quem quiser aproveitar o jogo como ele foi pensado, vai precisar de um setup atual.

REQUISITOS DE SISTEMA
MÍNIMOS
Sistema OperacionalWindows 10 64-Bit / Windows 11 64-Bit
ProcessadorAMD Zen 2 or Intel 10th Generation CPU @3.2Ghz with 8 cores / 16 threads or better (examples AMD Ryzen 7 3700X or better, or Intel Core i7 10700K or better)
Memória16 GB de RAM
Placa de vídeoNVIDIA or AMD hardware Raytracing-capable GPU with 8GB dedicated VRAM or better (examples NVIDIA RTX 2060 SUPER or better, AMD RX 6600 or better)
Armazenamento100 GB de espaço disponível
Outras observações1080p / 60 FPS / Low Quality Settings, NVME SSD storage required
RECOMENDADOS
Sistema OperacionalWindows 10 64-Bit / Windows 11 64-Bit
ProcessadorAMD Zen 3 or Intel 12th Generation CPU @3.2Ghz with 8 cores / 16 threads or better (examples AMD Ryzen 7 5700X or better, or Intel Core i7 12700K or better)
Memória32 GB de RAM
Placa de vídeoNVIDIA or AMD hardware Raytracing-capable GPU with 10GB dedicated VRAM or better (examples NVIDIA RTX 3080 or better, AMD RX 6800 or better)
Armazenamento100 GB de espaço disponível
Outras observações1440p / 60 FPS / High Quality Settings, NVME SSD storage required

Nada de ficar pulando

A maioria da base de fãs de Doom tinha suas ressalvas contra o Doom Slayer agora ser mais lento do que antes, mas depois de algumas horas detonando tudo o que as forças do inferno jogam em você, você poderá ficar calmo quanto a isso.

Doom: Dark Ages
Doom: Dark Ages

O Slayer nunca foi tão resistente, e você imediatamente entende, desde os primeiros cinco minutos, o que os desenvolvedores queriam dizer quando disseram que “Dark Ages é sobre ficar em pé e lutar em vez de pulando e atirando como em Eternal”.

Sim, as coisas estão mais devagar — mas isso é intencional. O Slayer agora é intencionalmente pesado, refletindo tanto o peso da sua armadura e seu status mítico. O loop central de matar, limpar a área, sobreviver e ir para o próximo grupo continua o mesmo, apenas foi reequilibrado. Veteranos de Eternal podem demorar um pouco para se ajustar, mas a recompensa vale a pena — o combate é gratificante e, sem dúvida, mais visceral.

Cada ação que o Slayer toma carrega um novo peso com ele — o chão treme a cada salto, os inimigos ficam visivelmente abalados com cada soco e, armado até os dentes com um escudo e um arsenal de fazer inveja a exércitos, o Slayer domina todos os campos de batalha e destrói inimigos de formas visualmente criativas e grotescas.

A decisão de tornar o jogo mais chão e menos aéreo certamente pode ser uma das decisões mais divisivas do ponto de vista da jogabilidade, e certamente vai deixar alguns fãs do game desapontados. Pelo menos, até eles jogarem, pois o Slayer tanque é realmente uma das coisas mais divertidas de controlar dos últimos tempos.

Dragões e Mechas

Entre tiro, porrada e escudo serra, o Slayer pode entrar no cockpit de um traje mecânico gigante para combater demônios gigantescos e montar em uma besta semelhante a um dragão para se batalhar em combates aéreos. Ambas as experiências podem ser descritas como “amplamente refinadas”.

Doom: Dark Ages
Doom: Dark Ages

O combate com o mecha se concentra principalmente em lutas mais lentas, mas impactantes, enquanto as lutas aéreas envolvem um exercício alado repleto de explosões e você tendo que tomar um tempo para carregar um feixe de energia para tirar alvos blindados. Esses segmentos são muito elaborados e alguns jogadores podem achar que tudo se estende por tempo demais para fazer você querer voltar ao chão e para a ação mais tradicional.

Um novo Motor Gráfico

A primeira coisa que chama atenção é o visual. Doom: The Dark Ages usa o motor id Tech 8, uma evolução natural do id Tech 7, e dá pra ver o salto logo de cara. As texturas estão bem mais nítidas, a iluminação ganhou uma camada extra de profundidade, e o jogo como um todo tem uma cara muito mais polida. Tudo parece funcionar de forma muito fluida. Não tem pop-in visível, aquele efeito chato quando os objetos surgem do nada na sua frente. Isso é mérito do sistema de nível de detalhe, que lembra um pouco o Nanite da Unreal Engine 5. Os cenários não só são bonitos, mas também bem otimizados.

Doom: Dark Ages
Doom: Dark Ages

Uma das maiores melhorias está na iluminação. O jogo agora conta com Ray Tracing em tempo real, usado para reflexos e iluminação global. Isso significa que, por exemplo, a luz que entra pelas janelas rebate de forma mais realista nos ambientes. Não é só um brilho jogado ali. Isso ajuda muito a criar uma atmosfera mais pesada e sombria, que combina com o clima medieval. Os reflexos também são um ponto forte. Armaduras brilhantes, superfícies molhadas e até mesmo sangue no chão reagem à luz de maneira convincente.

Outra coisa legal é que os objetos do cenário agora têm física mais elaborada. Algumas estruturas de madeira, por exemplo, podem quebrar com o peso de inimigos ou do próprio jogador. Isso não é só enfeite, muda a maneira como você enxerga o ambiente. Não chega a ser uma revolução como em Crysis, mas é um detalhe que mostra o cuidado com o realismo. Tudo isso é renderizado com a API Vulkan, o que ajuda a manter o jogo leve mesmo com tanto efeito na tela.

Muitos demônios e poucos bugs

No PC, com uma boa placa de vídeo, dá pra rodar tudo no ultra e manter 60 quadros por segundo de forma bem constante. Quem tem hardware mais modesto também consegue resultados satisfatórios, já que o jogo oferece bastante opções de customização gráfica. O port está bem-feito. No PlayStation 5 e Xbox Series X, a performance também se mantém sólida, com taxa de quadros estável e tempos de carregamento rápidos. Mas no Xbox Series S, aparecem alguns problemas. Em trechos com muitos inimigos e efeitos, o jogo pode cair para os 50fps, e isso é perceptível. Não chega a estragar a experiência, mas chama atenção.

Aliás, em termos de estabilidade geral, Doom: The Dark Ages faz um bom trabalho. Quedas graves de desempenho são raras e bugs mais sérios também não são comuns. Durante os testes, alguns sites relataram pequenos bugs, como problemas com conquistas/troféus. No PS5, por exemplo, tem um bug específico que impede o desbloqueio do troféu de platina, mesmo completando todos os requisitos. Até o momento, isso ainda não foi corrigido em atualizações. Mas tirando isso, nada que afete diretamente o gameplay. O jogo não trava, não quebra, e dá pra jogar horas seguidas sem esquentar a cabeça.

Trilha Sonora dos Infernos

A trilha sonora de Doom 2016 e Doom Eternal virou referência, principalmente por causa do trabalho do Mick Gordon. Muita gente esperava algo do mesmo nível aqui. Mas Doom: The Dark Ages não entrega isso. A música cumpre o papel básico: acompanha a ação, cria tensão em momentos certos, e dá um fundo sonoro pra jornada. Só que falta identidade. As faixas são menos marcantes, com pouca variação de tema e menos impacto. Em muitos momentos, a trilha parece funcionar só como pano de fundo, sem roubar a cena ou criar aquela sensação de “caramba, essa música é épica”.

Doom: Dark Ages
Doom: Dark Ages

Claro que isso não atrapalha diretamente a experiência, mas quem esperava um show de trilha sonora talvez fique um pouco decepcionado. A direção de som como um todo é competente. Os efeitos sonoros são muito bem feitos, com armas soando pesadas, explosões com impacto e o ambiente reagindo de forma coerente com os sons. Mas a música mesmo, que antes era um diferencial, agora parece mais tímida.

Veredito sobre Doom: Dark Ages

Doom: The Dark Ages pode não reinventar a roda, mas acerta em cheio no que propõe tecnicamente. É um jogo bonito, estável e bem otimizado, que mostra o quanto a id Software continua afiada quando o assunto é engenharia de jogo. O jogo é um belo exemplo de como evoluir uma franquia sem perder a base sólida que ela já tinha. Só falta mesmo um pouco mais de alma na trilha sonora, mas no resto, ele entrega tudo que se espera e mais um pouco.

Doom: Dark Ages

Paulo Fabris

Doom: The Dark Ages pode não reinventar a roda, mas acerta em cheio no que propõe tecnicamente. É um jogo bonito, estável e bem otimizado, que mostra o quanto a id Software continua afiada quando o assunto é engenharia de jogo.
Gráficos
Música
Jogabilidade
Diversão
Preço

Prós e Contras

Prós:
+ Visual impressionante: Os gráficos são de alto nível, com texturas nítidas, iluminação em tempo real com Ray Tracing e cenários bem detalhados.
+ Desempenho sólido: Roda liso em praticamente todas as plataformas principais, mantendo 60fps estáveis no PC, PS5 e Xbox Series X.
+ Boa otimização no PC: Suporte pra DLSS, FSR, XeSS, ultrawide, FOV ajustável e uma série de opções gráficas dão liberdade pro jogador configurar do jeito que quiser.

Contras:
Trilha sonora sem impacto: A música é funcional, mas não empolga e nem chega perto do peso que os jogos anteriores tinham.
Problemas pontuais de desempenho: A versão de Xbox Series S tem quedas de FPS em momentos mais pesados, e ainda tem um bug que impede o troféu de platina no PS5.

4.2

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