Towers of Aghasba: Review do Acesso Antecipado

Procurando um novo survival para explorar e jogar? então saiba se vale a pena dar uma chance a Towers of Aghasba

Se você gostaria de jogar um daqueles jogos de sobrevivência com visuais semelhantes aos de Legend of Zelda, mas com uma abordagem mais realista e sombria, então Towers of Aghasba (site oficial) provavelmente vai te interessar.

Ao contrário dos jogos que incentivam matar tudo o que se move para restaurar a paz, Towers of Aghasba adota uma abordagem ecológica interessante, onde você reconstrói biomas danificados, planta sementes, cultiva árvores e ajuda os animais que começam a re-habitar esses novos jardins, semelhantes a um Éden. E, claro, você ainda pode enfrentar monstruosidades pelo caminho — um verdadeiro ganha-ganha.

Se você viu este game na sua lista de recomendações da Steam ou em algum lugar por aí e quer saber se vale a pena entrar no acesso antecipado para começar a reconstruir o mundo com seu personagem, então, vamos falar sobre Towers of Aghasba e, se ficar com dúvidas, deixe um comentário.

Survival com Abordagem Ecológica

A trama segue um povo nômade chamado Shimu, que retorna à sua terra natal após um cataclismo, apenas para encontrá-la invadida pelos Withered — uma energia maligna que está criando versões corrompidas das criaturas locais.

O jogo se desenrola como uma aventura em terceira pessoa, com você controlando um humano jovem e mudo, sendo o único capaz de usar e transferir o poder de “Amity”, um tipo de poder especial similar a Força em Star Wars, mas sem os poderes telecinéticos.

O poder de Amity percorre o jogo, então, se você matar uma criatura inocente — o que às vezes é necessário para caçar — você perde Amity. Por outro lado, ao destruir um Ninho Murcho, alimentar animais ou curar feridos, você ganha “Amity”. Esse poder é usado para melhorar árvores, santuários e portais de viagem rápida, o que significa que você precisará de bastante Amity para progredir.

No começo, você está sem armas, o que permite explorar a ilha de forma mais tranquila, talvez atirando pedras em aranhas murchas. A área do prólogo de Towers of Aghasba é impressionantemente vasta, e logo você encontrará elementos arquitetônicos bastante bonitos, remanescentes da civilização perdida que existiu antes.

Foco no Artesanato

No entanto, após as primeiras horas explorando águas cristalinas e escalando montanhas para deslizar suavemente com seu planador, as coisas começam a ficar mais sombrias. A experiência se torna centrada no crafting, com a construção ocasional de cidades como recompensa.

Mas vale ressaltar que o jogo não é como os trailers sugerem, pelo menos nas primeiras dezenas de horas — as cenas de grandes criaturas, cidadelas brilhantes e feras voadoras em que você pode montar aparecem muito mais tarde. E, para chegar a isso, é preciso muito trabalho.

Os gráficos naturalistas são particularmente excelentes quando se trata de renderizar pedras, o que é uma sorte, já que elas estão em abundância. A iluminação dinâmica, que alterna entre o dia e a noite, é linda, com sombras fascinantes e detalhes impressionantes de close-up. É um verdadeiro banquete visual.

Sistema de Criação

O sistema de criação do jogo parece artificialmente complicado, quase como se tivesse sido projetado para prolongar a duração do jogo. Por exemplo, quando você precisa de galhos quebrados, deveria ser fácil encontrar um graveto, mas itens aparentemente comuns às vezes são escassos quando você mais precisa deles.

Achar a resina foi um verdadeiro parto!

Isso cria um ciclo vicioso, em que você acaba criando itens que são necessários para criar outros itens, e assim por diante. Apenas para consertar uma ponte, uma tarefa inicial, você pode levar até quatro horas. Não importa o quão bonito seja o mundo ou o quão orgânico ele pareça; eventualmente, isso se torna chato.

Além disso, alguns ingredientes estão condicionados a atualizações da cidadela, que exigem mais itens aos quais você não tem fácil acesso, o que pode ser frustrante. A partir daí, você começa a se industrializar, o que parece contradizer a postura ecológica do jogo — e, de qualquer forma, tudo leva muito tempo.

Está em Acesso Antecipado

Existem também alguns bugs, o que é esperado devido ao estado de Acesso Antecipado do jogo, além de sua complexidade e ambição. Por exemplo, no momento em que finalmente encontrei a resina e corri para atualizar minha torre, o jogo crashou e fechou. Outros problemas incluem itens que caem no chão em vez de serem armazenados corretamente, comerciantes que não entregam pepitas de ouro pelas quais você pagou e problemas ocasionais de clipping durante a escalada, o que pode tornar a experiência um pouco confusa.

Valerá a muito a pena

Apesar desses contratempos, Towers of Aghasba é uma aventura impressionante e envolvente, mesmo em seu estado inacabado. A capacidade de alterar e desenvolver seu vasto mundo é encantadora, e o modo cooperativo multiplayer, com suporte para crossplay, deve ser adicionado em breve (se for o seu caso, claro). As criaturas e inimigos maiores que você encontra ao avançar são fascinantes, e o realismo mágico do ambiente, junto com o elenco excêntrico de personagens, garante que você nunca saiba o que esperar em seguida — o que é ótimo.

No entanto, quando comparado com Breath of the Wild, que tem um sistema de armas de criação e quebra de itens, mas nunca parece ser uma tarefa árdua (e ainda apresenta pontos turísticos mais memoráveis), Towers of Aghasba ainda precisa melhorar. Apesar disso, a falta de Zelda no PS5 ou PC torna o jogo atraente para muitos. Se você planeja se dedicar ao jogo, prepare-se para uma jornada longa e sem muitas facilidades.

Veredito sobre Towers of Aghasba

A exploração é uma alegria graças aos visuais deslumbrantes e à paisagem variada. O trabalho ecológico de restaurar a terra à fertilidade também é envolvente, embora as cenas impressionantes dos trailers não sejam representativas do que você jogará durante as primeiras dezenas de horas. A forte ênfase na criação e nas ferramentas perecíveis pode ser cansativa, mas o roteiro dos desenvolvedores parece promissor, e as recompensas estão presentes para quem perseverar.

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